Causos, contos, pagação de mistério e outras mensagens e textos setentianos.

A Preparação do Aluno da EPCAR

Algumas vezes a gente se pega perguntando para que aprendemos certas coisas, ou então é alguém que nos faz essa pergunta. No entanto, essa é uma questão que um aluno da EPCAR jamais se propôs com relação àquele estudo preparatório à admissão à Escola. Aliás, os anos na Escola serviram para uma constante aplicação daqueles conhecimentos.

No caso da matemática, nem é necessário falar, mas só para ilustrar, problemas como “sabendo que a menor distância entre dois pontos é o comprimento do segmento de reta que os une, determine o lugar onde você deve pular o muro para evitar o PA que (só para sua informação) já está quase alcançando-o?”  ou “se 5 alunos passam mal durante um paradão e esse número dobra no sete de setembro, quanto tempo seu comandante levará para descobrir que é golpe?” foram a base da nossa sobrevivência naqueles três anos. Leia mais

Barão Vermelho

Olá, Cohen,

O artigo sobre o Barão Vermelho me interessou muito.

Só estranhei não se ter mencionado o Ernst Udet, reencarnado atualmente como o Wagner, que roncava em alemão e tinha pesadelos terríveis sobre combates aéreos na outra encarnação. Aliás, o Udet/Wagner é o único caso conhecido do ocultismo em que o reencarnado é uma cópia perfeita do falecido. O comum é que um seja quase a negação do outro, por exemplo, dizem que o Ney Matogrosso foi um legionário romano brutal.

Já o Túlio, segundo consta, foi uma dançarina francesa no século XIX (nome de guerra Lola) do famoso Moulin Rouge, Leia mais

Reserva

Pelo que entendi (se estou enganado, desculpem, mas sempre fui devagar), a turma de 70 da EPCAR passa, agora, oficialmente à reserva.

Um balanço honesto e imparcial indica que o investimento das administrações públicas nos integrantes dessa turma teve um alto retorno.

Muitos foram os garotos que vindos de ambientes, Leia mais

Charles Astor

Sobre o Charles Astor, que apareceu em BQ em 72, conheço uma história fabulosa.

Depois que eu saí da EPCAR, revi o pai de um antigo amigo niteroiense, que ouvira falar, trabalhara na Panair e teria saído por conta da última esposa. Na verdade, ele fez muito mais que trabalhar na Panair e foi o típico aviador do período romântico, ou seja, aquele que só sabia fazer aquilo: voar. Ao abandonar a carreira, tornou-se um homem medíocre em Niterói, ainda que ótima pessoa. E, no entanto, pilotava e saltava de pára-quedas, e deu, junto com o Charles Astor, instrução de pára-quedismo durante anos na Escola de Aeronáutica, de onde conhecia um monte de então brigadeiros, mas insistia em viver afastado.

Em uma das últimas vezes em que estive com ele, Leia mais

Senta a Pua

Não sei se lembram de um relato do Lisboa (sumido. Ficou rico, frequentando o eixo Rio-Saquarema, nem manda mais um alô) sobre a triste experiência de um rapaz que, em plena lua de mel, começou o que ele chamou  de papo cabeça (levar a relação carnal a outro estágio, uma entrega total, etcétera, etcétera), mas foi bruscamente cortado pela companheira, que, esperta, afirmou que não liberava o fiofó.

Esse é um dos mais antigos problemas da humanidade.

Contam que o Neal Armstrong, Leia mais

O Poder da Caça

Depois das duas guerras mundiais, estudiosos de assuntos estratégicos reunidos no Quadragésimo Quinto  Congresso Internacional sobre armas de destruição em massa, conhecidOPoderDaCaca1o por BQ45, concluíram que a mais letal arma desenvolvida pelo homem consiste em três caças fortemente armados. Isso não apenas pelo poder de destruição do grupo, mas, e sobretudo, por sua capacidade de manobra.

Exaustivos ensaios evidenciaram que a formação que maximiza esse poder é a chamada “trail formation”, como exemplificado ao lado:

A seguir, imagem secreta (capturada inadvertidamente por um jovem até o momento identificado como filho de um dos participantes) de um trail formation no BQ45 realizado por 3 ases indomáveis. Tão indomáveis que os caças ficaram para trás, e os 3 saíram em sua trail formation botando para quebrar.

OPoderDaCaca2Na foto, o momento em que o líder do terrível grupo  se pergunta: quem vou pegar agora? Os outros elementos da formação tática utilizam sofisticados equipamentos stealth (chapéu esquisito e óculos escuros), contra identificação por radar, foto ou pelo raio que o parta.

Em particular, chamou a atenção de especialistas mundiais que a tática do grupo é tão sofisticada que nenhum dos outros participantes percebeu sua aproximação (estão todos de costas para os ases indomáveis).

Dias, o Chacal (escondido em algum lugar do planeta, mas vendendo a foto por quantia a negociar)

A Arte de Dormir (na Epcar)

Não consigo acreditar que houve uma época em que eu acordava quase diariamente por volta das 5:30. Aliás, não sei como sobrevivemos a anos inteiros com oito aulas diárias, mais umas quatro formaturas idem, estudos (opcional), serviços, sugas e etcétera. Talvez tenha sido justamente o etcétera a preservar nossa integridade física e mental, Leia mais

Sulistas

Falam tanto de mal de Alzheimer atualmente, que eu ando preocupadíssimo com a minha capacidade de compreender as coisas.

Por exemplo, o Freitas respondeu a uma mensagem do Luizão reclamando com o Érico não ter entendido o que ele escreveu. (???).

Aí, o Cledi divulgou a mensagem do Érico, da qual eu não entendi absolutamente nada.

O que me salvou da depressão total foi o MAS (grafado assim mesmo) Leia mais

O Transplante do KC

Depois do bem sucedido voo do KC em São Paulo, foi realizado com sucesso o primeiro transplante de cacete, desculpem, pênis, na África do Sul.

Li sobre o assunto, somente por minha natural curiosidade científica (minha mulher não fez nenhuma sugestão de recall… ainda), e fiquei com várias dúvidas.

Primeira: o cirurgião chefe passou “anos praticando a cirurgia em cadáveres para ver que conexões garantiriam total funcionamento do órgão”. Até aí, tudo bem. Mas treino é treino, jogo é jogo; ou voo de simulador não é a mesma coisa que um voo de passarinho. Então, eu pergunto: cadáver tem ereção? Como o cirurgião sabia do total funcionamento do bilau? Leia mais

JF-BQ, Sem Pressa

Ali pelos anos 70, só havia dois horários por dia de ônibus na linha BQ-RJ e RJ-BQ. Um saía muito cedo; o outro, muito tarde. De qualquer maneira, o licenciamento ia para as cucuias, a menos que o indivíduo já saísse de casa pronto para um VI.

Uma alternativa era pegar um RJ-JF e depois um JF-BQ. O último horário (dentro do padrão) de JF para BQ era o de 21:30h. O problema com essa linha era o ônibus do tipo parador, e, naquela época, quando tudo era mais devagar e a população bem menor, os motoristas conhecerem cada passageiro e suas famílias. Resultado: era uma viagem enervante, com o ônibus parando em cada caminho do lá vai um que desse na estrada, com um mineirim perdido naquelas lonjuras, pitando seu cigarrim e, naquela escuridão, correndo o risco de ser incomodado pelo cão ou pela mula-sem-cabeça, Deus me livre! Leia mais