As Histórias da Epcar
Acho a ideia do Nelício, de reunir as nossas histórias, muito boa, mas a pessoa mais indicada para tocar o projeto é o Leite, e os colegas irem contando-as.
O Lúcio nos enviou uma informação “só para ajudar” (a palavra piroca em árabe) que me deixou pasmo. Ali pode estar escrita qualquer coisa, ao menos para mim. Dá para enfeitar uma camiseta, colocar numa plaquinha e a gente pendurar na entrada de nossa casa, tatuar no braço, e todo mundo vai até elogiar. O problema é se alguém perguntar o que quer dizer.
A informação do Leite sobre o “meu nobre, você não é o Zanforlin” passou a história de um nível lendário para o bíblico: o sargento era o Salvador, o aluno, o Abrahão. E o Zanforlin, imagino, na sodoma e gomorra bqnense. É uma outra história e mais interessante.
E seguindo o raciocínio do Cohen, se a zabra viesse do Ó da Silva, o Albatroz sairia num rolo de pergaminho.
Quanto mais eu penso que essas histórias da EPCAR ficaram para trás, mais elas insistem em voltar, e, muitas vezes, nas horas mais inconvenientes.
Hoje em dia, eu tenho a certeza de que não era para menos. As turmas da EPCAR (ao menos na nossa época) eram formadas após uma seleção pesada para a garotada. Ficávamos juntos em horário integral e tínhamos muitas atividades distintas. Tinha que dar no que deu: um monte de histórias e até quase uma linguagem nossa, criada no dia a dia, incorporando as informações mais variadas que recebíamos.
Uma vez, alguém comentou comigo que o medo, como outras emoções, não está sujeito à medição. Imediatamente, me lembrei do Celestino, sob a influência das aulas de física, criando uma sofisticada medida do medo, inclusive já padronizada segundo o sistema internacional de medidas físicas, o metro, quilograma, segundo, coulomb. A unidade dele medindo o medo, no MKSC, era o pps: piscações por segundo. Acompanhada do conhecido sinal sonoro: tic, tic, tic…
(publicado no e-Groups em 23-09-2014)